Resenha #811: A Palavra Mortal - Genevieve Cogman (Morro Branco)

Título: A Palavra Mortal
Título Original: The Mortal Word
Autor: Genevieve Cogman
Série: The Invisible Library #5
Páginas: 464
Ano: 2021
Editora: Morro Branco
Sinopse: Uma condessa corrupta.

Um espião em perigo.

Um assassino à solta.

HÁ ALGUMA ESPERANÇA DE SE MANTER A PAZ EM MEIO AO CAOS

No quinto volume da série A BIBLIOTECA INVISÍVEL, o destino dos mundos está em jogo e o equilíbrio entre o caos, a ordem e a própria biblioteca está por um fio.

As negociações de paz são sempre complicadas… especialmente quando um importante diplomata é esfaqueado! Este assassinato interrompe abruptamente uma cúpula ultrassecreta entre os dragões e os feéricos, e a espiã bibliotecária Irene é convocada imediatamente para investigar. Em uma versão de Paris de 1890, Irene, seu assistente Kai e seu amigo detetive Vale devem rastrear o assassino – antes que as negociações de paz, ou até mesmo a cidade, peguem fogo.

Com sérias acusações sendo disparadas por ambos os lados, Irene logo se encontra nas profundezas decadentes do submundo parisiense na trilha de uma feérica notoriamente guerreira e perigosa, a Condessa Sangrenta. No entanto, as provas contra a Condessa são circunstanciais, e o envolvimento de um ou mais bibliotecários não está descartado. O assassino – ou assassinos – poderiam estar mais perto do que qualquer um suspeita?

Em A Palavra Mortal, Irene e companhia são requisitados em uma Paris alternativa onde está ocorrendo um encontro com propósito de selar a paz entre dragões e féericos. Mas alguém não quer que isso aconteça, já que assassinou um importante membro da delegação dos dragões.

Voltar pra essa série é sempre um deleite. Por mais que ela tenha esse estilo procedural, eu fico envolvida nas investigações e tendo altas teorias. Fora que amo ver a maravilhosa Irene em ação e sempre salvando o dia.

Desde o primeiro livro já vemos a animosidade entre dragões e féericos e como a Biblioteca está sempre ali para ser neutra e servir de mediação entre eles. Com a questão do acordo de paz entre os dois povos, Irene vai descobrir que nem todo mundo vai ficar feliz com isso, inclusive pessoas dentro da própria Biblioteca. Eu acho incrível como Irene é uma mulher que é fiel aos seus princípios e à instituição que a acolheu, mas ainda assim não fecha os olhos e nem acoberta o que estiver errado entre as pessoas que estão no poder da Instituição.

Por mais que Vale seja o ponto de partida da história, visto que ele é encarregado de investigar o assassinato, o foco da história ainda continua sendo Irene. Sendo sincera, a participação do detetive aqui é tão mínima que se cortasse não faria diferença. Não que eu não goste do personagem, mas aqui ele é completamente dispensável.

Já um personagem que eu vivi de migalhas foi a participação de Kai. Depois do final de A Trama Perdida, eu esperava muito mais da relação dele com Irene, mas infelizmente foram apenas migalhas. Genevieve, tenha pena de seus leitores!

Sobre a investigação do assassinato, tudo aponta para um único suspeito, mas Irene sabe que há mais por trás dessa acusação. Acontecimentos em livros anteriores acabam sendo refletidos aqui e gostei que a autora fez essa conexão.

Assim como os livros anteriores, a história tem um bom ritmo. Temos algumas cenas de ação de tirar o fôlego, principalmente na reta final. O final deixa em aberto para a continuação, mas caso a série finalizasse aqui, também não seria um problema.

Resenhas anteriores
Livro 1 - A Biblioteca Invisível (The Invisible Library)
Livro 2 - A Cidade das Máscaras (The Masked City)
Livro 3 - A Página Em Chamas (The Burning Page)

Livro 4 - A Trama Perdida (The Lost Plot)