Resenha #237: Crooked Kingdom - Leigh Bardugo (Henry Holt)

Título: Crooked Kingdom (BR: Crooked Kingdom - Vingança e Redenção)
Título Original: ---
Autor: Leigh Bardugo
Série: Six of Crows #2
Páginas: 536 (BR: 448)
Ano: 2016 (BR: 2017)
Editora: Henry Holt (BR: Gutenberg)
Sinopse*: “Confiar na pessoa errada pode custar a própria vida.”
Após se safarem milagrosamente de um ousado e perigoso assalto na notória Corte do Gelo, Kaz Brekker e sua equipe se sentem invencíveis. Mas o destino está prestes a dar uma perigosa guinada e, em vez de dividir uma vultosa recompensa, os seis comparsas terão que se munir de forças, de armas e de seus talentos para lutar pelas próprias vidas. Traídos e devastados pelo sequestro de um valioso membro da equipe, o Clube do Corvo agora conta com poucos recursos e aliados, e quase nenhuma esperança. Enquanto isso, forças descomunalmente poderosas se abatem sobre Ketterdam para desenterrar os segredos mais sombrios da potente droga conhecida como jurda parem, ao passo que antigos rivais e novos inimigos surgem para desafiar a perspicácia de Kaz e testar a frágil lealdade de seus parceiros. Agora, todos terão de enfrentar seus próprios demônios, e será preciso muito mais do que sorte para sobreviver à guerra que está se armando nas ruas obscuras e tortuosas desse implacável submundo – uma batalha por vingança e redenção que decidirá o futuro do mundo Grisha.


ATENÇÃO! Se você não leu os livros e/ou resenhas anteriores, pode conter spoiler

“Os monstros realmente maus nunca se parecem com monstros.”*

Com certeza essa resenha vai entrar na listinha das resenhas que tiveram um parto mais que demorado e ainda não acabou saindo como eu queria. Crooked Kingdom conseguiu ser melhor do que eu esperava e por conta disso tudo o que eu escrever aqui não vai chegar nem perto de descrever tudo que senti. Por isso, a imagem abaixo explica tudo o que senti do início ao fim do livro.


Depois do final de Six of Crows, esperava-se que a Bardugo prolongasse mais na solução do problema. Tudo foi resolvido logo nos primeiros capítulos de forma inteligente (o que não esperava menos) para aí sim mostrar a que veio essa continuação.

“Nós encaramos o medo. [...] Cumprimentamos o visitante inesperado e escutamos o que ele tem para nos dizer. Quando o medo chega, algo está para acontecer.”*

O ponto forte da história com certeza são os personagens. Como falei na resenha anterior, ainda fico besta como cada um é diferente do outro, mas a autora soube trabalhá-los muito bem juntos. Se no livro passado, onde foram obrigados a trabalharem juntos mesmo se odiando eles já causavam, imagine nesse livro que todos têm o mesmo desejo e propósito? Quando eu penso que a Bardugo não poderia melhorar a interação entre eles, ela vai lá e mostra que o que vimos no livro anterior, não chega nem perto desse.


Crooked Kingdom tem um ritmo frenético do começo ao fim, não deixando tempo para respirar. Em parte, isso é responsável pelos planos originados da cabeça astuta e inteligente de Kaz Brekker. A outra parte é que não sabemos muito bem dos seus planos até eles serem executados. Pra que explicar se ela pode nos surpreender? E isso é uma das melhores coisas nessa duologia. Bardugo consegue trabalhar bem suspense e tensão nessas execuções que é impossível prever o que pode acontecer futuramente, o que deixa a história bem mais envolvente. Se tem uma frase que pode resumir todos esses planos, é o motto do Leonard Snart aka Capitão Gelo (The Flash/Legends of Tomorrow): crie o plano, execute o plano, espere o plano dar errado, jogue o plano fora. A diferença é que vamos jogar o plano fora e substituir por outro que já havia sido formado, caso algo dê errado. (O que já era algo a se esperar)

“Podemos enfrentar todo tipo de dor. Mas é a vergonha que devora o homem.”*

É engraçado como a autora nos fez afeiçoar por um grupo de índole totalmente suspeita. Posso estar me repetindo da resenha passada, mas o modo como ela criou e construiu os personagens não deixa margem para que não haja torcida para dar tudo certo. E é nesse detalhe que nos faz quebrar a cara. Esquecemos que eles são bandidos - alguns assassinos - e que por mais que eles possam se safar de tiros, porradas e bombas, eles são pessoas de carne e osso como eu e você. Por isso, em determinada cena já na reta final, minha raiva superou minha tristeza porque eu me deixei ser trouxa e achar que tudo poderia acabar muito bem.

“Fui feito para protegê-la. Somente a morte me afastará desse juramento.”*

Desde que comecei a leitura, eu previa que o meu sentimento ao terminar esse livro seria o mesmo quando terminei A Conjuring of Light. E eu não estava enganada. Assim como no livro da Schwab, eu achei o final da história bem condizente com tudo que aconteceu e não poderia ser de forma diferente. Fora que, depois do final de Ruína e Ascensão, eu esperava algo parecido.

Nessa continuação, temos participações de alguns personagens já conhecidos (de quem leu) da Trilogia Grisha, o que deu um toque a mais na história. E o engraçado foi ver como os personagens se encaixaram bem no meio de toda a treta, parecendo que sempre estiveram ali.

“Melhor verdades terríveis do que mentiras gentis.”*

Com certeza, essa duologia entrou na lista de melhores livros do ano, se não da minha vida. Leigh Bardugo conseguiu executar uma história inteligente e cheia de plots twists de forma envolvente, sem se tornar cansativa ou surreal.

“Lembre-se de tudo pelo que passamos. Lembre-se do motivo de termos vindo aqui.”*

Mas as histórias no Grishaverso não param por aqui. Esse ano, a Leigh Bardugo anunciou uma série estrelando Nikolai Lantsov, personagem que deu sua graça na Trilogia Grisha e melhor personagem daquele lugar. O primeiro livro se chamará King of Scars (Rei das Cicatrizes em tradução livre) e está com lançamento previsto para 2019.


Resenhas anteriores
Livro 1 - Six of Crows

*Sinopse e quotes retirados da edição da Gutenberg


PS: como comentei com os migos no whatsapp, o sentimento de Kaz para com seus inimigos é tipo o ódio da Taylor Swift pela Katy Perry; não queira ninguém na sua vida te odiando assim

12 Comentários

  1. Oi, Lu. É tão ruim quando o livro nos faz sentir tantas coisas mas a gente não consegue explicar isso bem numa resenha, é realmente frustrante. Li a resenha do primeiro livro aqui mas eu nem lembro bem como era, mas não tem como negar que essa obra parece ser maravilhosa. Além da capa ser muito linda, o que eu mais gosto é do fato dos nossos personagens serem mais como anti-heróis, isso é muito legal.
    Beijos
    http://www.leitoraencantada.com

    ResponderExcluir
  2. your posts are really very interesting !! I wait in my blog!!

    ResponderExcluir
  3. Oi Lu.
    Super te entendo! Quanto mais eu gosto de um livro, mais dificuldade tenho para colocar na resenha todos os meus sentimentos sobre ele. É uma delícia quando um livro, ou uma série nos toca deste jeito. Amei sua resenha.
    Bjus
    www.docesletras.com.br

    ResponderExcluir
  4. Oi Lu,

    Adorei a sua animação com esta duologia e poder acompanhar com suas resenhas, vc bem que podia mostrar uma foto com a lombada do livro, é preta, não é?!
    Estou doida por esses livros, mas quero pegar e ler só eles, sem cobrança sabe, ando estranha em relação as leituras..

    PS: Estou quase terminando Um Beijo à meia-noite, completamente apaixonada...

    Beijos Mila
    Daily of Books

    ResponderExcluir
  5. Oiii Lu

    Eu sou totalmente apaixonada por Six f Crows. Kaz Brekker é o melhor anti herói de todos e a Inej, Nina, todos eles desde o primeiro me conquistaram. Tenho ate medo dessa segunda parte, porque sei que vou sofrer, chorar, rir, me debulhar de emoçoes mil, é que essa autora sempre judia assim de mim... Fico feliz em saber o brutal que esse livro foi, é ruim quandoa gente sente que ainda não conseguiu expressar tudo na resenha, mas ao mesmo tempo é tãoooooo bom saber que um livro superou tudo ao ponto de nos deixar sem palavras suficientes né? E depois dessa comparação com os livros da Schwab, bom, acho que tenho que sim ou sim ler Schwab porque acho que irei gostar.

    Beijos

    www.derepentenoultimolivro.com

    ResponderExcluir
  6. Ótima resenha, mas, por curiosidade, qual o gênero dessa série? Distopia? Fantasia?
    Bjs

    http://www.cafeidilico.com/

    ResponderExcluir
  7. Oi Lu!

    Eu não li a sua resenha direito, porque ainda estou lendo o primeiro livro. E mil desculpas (por isso), mas não queria pegar spoiler. Estou tão empolgada com essa leitura, que o máximo que li desse post foi a novidade de um lançamento de King of Scars.

    Beijoss querida, Enjoy Books

    ResponderExcluir
  8. Oi Lu, dá pra ver que são muitas emoções nessa séries e com excelentes personagens e adoro a capa! Adorei a foto da reação hahahahahahaha muito bom livro que nos mata no final ahhahahahahaha

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

    ResponderExcluir
  9. Como não amar suas resenhas, Lu? Sou desantenada para livros, mas amo anotar suas dicas e livros favoritos. Obrigada por compartilhar! ❤

    www.kailagarcia.com

    ResponderExcluir
  10. Oi Lu!
    O MELHOR DESSE LIVRO E OS PERSONAGENS: MAIOR VERDADE!
    Tipo, desde o primeiro que a vibe de todos eles era muito diferente, mas ai a autora consegue juntar tudo e fazer eles trabalharem juntos e isso da certo de uma forma, que VELHO, RAINHA, APENAS! So isso pra dizer.
    Esse livro foi um tombo atras do outro. Muito Winter na vida, porque a autora vai criando varios plots e do nada ta todo mundo sofrendo e surtando. Deus me defenda!

    Abraços
    David
    http://territoriogeeknerd.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir

Muito obrigada pela visita e volte sempre!
Deixe seu comentário/opinião; estou muito interessada e ele será respondido assim que possível.
Deixe também seu blog, se tiver, que assim possível farei uma visita :)