Resenha #937: Better Hate Than Never - Chloe Liese (Berkley)

Título: Better Hate Than Never
Título Original: ---
Autor: Chloe Liese
Série: The Wilmot Sisters #2
Páginas: 351
Ano: 2023
Editora: Berkley
Sinopse: Inimigos de infância descobrem a linha tênue entre o amor e o ódio nesta releitura sincera de A Megera Domada, de Shakespeare.
Katerina Wilmot e Christopher Petruchio compartilharam quintais quando crianças, mas quando adultos eles nem sequer compartilham o mesmo hemisfério. Isto é, até que Kate faz uma rara visita a casa, e a animosidade deles reacende em um inferno furioso.
Apesar dos apelos de paz de seus amigos e familiares, Christopher não está convencido de que Kate apagaria de bom grado as chamas de sua inimizade. Mas quando Kate bêbada confessa que só foi hostil porque pensou que ele a odiava, Christopher jura fazer as pazes com Kate de uma vez por todas. Por mais tentador que seja ser arrebatada por seu inimigo que virou cavalheiro, Kate não tem certeza se pode confiar em seu charmoso ato de mocinho.
Quando a persistência de Christopher e a curiosidade de Kate levam a um beijo apaixonado, eles percebem que a “paz” é a última coisa que será possível entre eles. À medida que o desejo dá lugar a sentimentos mais profundos, Kate e Christopher devem decidir se é realmente melhor odiar do que nunca arriscar os seus corações – ou se já os entregaram há muito tempo.

Assim como Two Wrongs Make A Right, Better Hate Than Never é uma leve releitura de A Megera Domada. Se, ao longo da leitura, você percebeu que a dinâmica entre Kate e Christopher se assemelha a 10 Coisas Que Odeio em Você e até O Cravo e a Rosa, saiba que essas produções também se inspiraram na obra de Shakespeare. Inclusive impossível não pensar no Eduardo Moscovis quando Kate chamava Christopher de Petruchio.

Kate e Christopher são os mais opostos possíveis e é até difícil imaginar eles em um relacionamento. No entanto, Chloe sempre se destaca em seu desenvolvimento narrativo, e aqui não foi diferente. Desde as primeiras brigas e discussões entre os dois (o que pode causar um leve estresse porque ambos são sim cabeça-dura), dá pra perceber que há uma tensão ali. À medida que a arte da comunicação entra em cena, eles começam a desvendar partes um do outro, derrubando as impressões e barreiras que os separavam.


A narração em primeira pessoa nos deixa cara a cara com os sentimentos dos personagens. O casal aqui é nível caótico de interações, mas à medida que começam a se compreender, as provocações assumem um tom mais fofo e divertido. É meio contraste, mas não tem como explicar. Após anos de animosidade, eles finalmente chegam a um ponto de conforto para se permitirem ser vulneráveis, embora ainda enfrentem desentendimentos. A jornada de desenvolvimento pessoal de ambos é emocionante, e ao chegar ao final do livro, fica evidente o quanto evoluíram, tanto como casal quanto individualmente.

Em questão de representatividade, Chloe não desaponta como sempre. Nesse caso, temos Kate com TDAH e sendo demissexual, e Christopher com enxaqueca crônica. Eu não canso de elogiar como ela trabalha e insere representatividade de forma natural e com bom desenvolvimento.

Temos também participação de Jamie e Bea, que deu pra matar a saudade. Eles seguem sendo meu casal favorito da série até agora e é interessante vê-los através de outros olhos e constatar que realmente foram feitos um para o outro. Há também um outro casal que rouba a cena num estilo meio Romeu e Julieta e eu juro que queria ver mais deles.

O próximo se chama Once Smitten, Twice Shy, protagonizando Juliet e é um livro que muito me intriga, já que conhecemos um pouco da personagem e desde tudo que ela passou no primeiro livro, eu fiquei curiosa sobre sua história.

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