Resenha #617: Written In The Stars - Alexandria Bellefleur (Avon)

Título: Written in the Stars
Título Original: 
Autor: Alexandria Bellefleur
Série: Written in the Stars #1
Páginas: 384
Ano: 2020
Editora: Avon
Sinopse*: Depois de um desastroso encontro às cegas, Darcy Lowell está desesperada para impedir que seu irmão bem-intencionado volte a brincar de casamenteiro. Amor - e o inevitável coração partido - é a última coisa que ela deseja. Então ela mentiu e disse que sua última configuração foi um sucesso. Darcy não espera que sua mentira a morda na bunda.
Elle Jones, uma das astrólogas por trás da popular conta do Twitter, Oh My Stars, sonha em encontrar sua alma gêmea. Mas ela sabe que com certeza não é Darcy... uma idiota prática, que é muito analítica, pontual e cética para alguém de espírito livre como Elle. Quando o irmão de Darcy - e o novo parceiro de negócios de Elle - expressa o quão feliz está por elas se darem bem, Elle fica perplexa. Darcy estava no mesmo encontro? Porque... estranho.
Quando Darcy implora a Elle para jogar junto, ela concorda em fingir que elas estão namorando para salvar sua aparência. Mas com algumas condições: Darcy deve ajudar Elle a orientar sua própria família autoritária durante as férias e seu acordo expira na véspera de Ano Novo. A última coisa que esperam é desenvolver sentimentos reais durante um relacionamento falso.
Mas talvez os opostos possam se atrair quando o amor verdadeiro está escrito nas estrelas?


Written in the Stars foi um livro que me chamou atenção desde o início. Com uma premissa prometendo uma releitura de Orgulho e Preconceito protagonizando um romance sáfico, foi uma leitura bastante fofa e gratificante.

Bom, antes de falar propriamente do livro, vocês devem estar se perguntando o que seria romance sáfico. Por não romance lésbico? A Eduarda (Queria Estar Lendo) definiu muito que bem nesse post:

  • relacionamento lésbico: relacionamento entre mulheres que se sentem atraídas única e exclusivamente por mulheres
  • relacionamento sáfico: relacionamento entre mulheres

Written in the Stars se encaixa na questão do romance sáfico justamente por Elle ser bi e Darcy, lésbica. Pode até parecer algo não muito importante dentro da história, mas é sim por questão de representatividade e validação da orientação sexual, principalmente a bissexualidade que é tão apagada até mesmo dentro da própria comunidade lgbtq+.

Enfim... explicações à parte, vamos para o que interessa...

Elle é uma mulher alegre e alto astral. Dona do Oh My Stars!, uma conta no Twitter sobre astrologia que faz muito sucesso, ela é sempre positiva em todos os aspectos de sua vida. Na procura de sua alma gêmea, Elle se propõe a aceitar encontros românticos acertados por seus amigos. E um deles foi com Darcy que, apesar de sentir aquela faísca, não terminou muito bem.

Por conta de uma baita decepção no passado, Darcy está definitivamente fechada para o amor. Mesmo sentindo a mesma faísca que ele sentiu, ela não pretende se envolver com ninguém tão cedo. Darcy é bastante reservada e racional, e a fachada de Elsa é somente para esconder seu grande coração.


Se tem um clichê que amo é relacionamento falso e claramente temos aqui. Amo esse clichê porque geralmente envolve pessoas completamente opostas e que acabam se apaixonando justamente por conta daqueles detalhes "irritantes" da outra pessoa, como é o caso de Darcy e Elle. Tendo que fingir um namoro por conta de uma mentirinha, nessa convivência elas conhecendo melhor uma a outra e o sentimento nascendo. 

Enquanto Elle sempre foi bem sincera no que estava procurando, Darcy ainda estava bastante receosa em se envolver com a astróloga, visto a experiência no passado. Apesar do estilo antes sofria, agora sou fria, Darcy é uma pessoa que quando ama, se entrega profundamente ao sentimento, assim como Elle. As interações entre Darcy e Elle são bem divertidas e cheias de fofura. Regado a bastante flerte e algumas provocaçõezinhas, o romance é bem desenvolvido e a química entre as duas salta das páginas.

Os personagens secundários são bem trabalhados também. A família de Elle exerce uma grande pressão na moça, já que não aceitam bem o seu emprego "diferentão". Brendon, irmão de Darcy, por mais irritante que seja sua mania de arranjar encontros para a irmã, só quer que ela seja feliz. Temos também Margot, melhor amiga de Elle, que sempre a apoia e está disposta até matar quem magoar a astróloga.

Na questão da representatividade, além de Elle e Darcy, temos Margot sendo pansexual. No mês do Orgulho Pansexual, achei bastante interessante um diálogo entre Margot e Elle de como as pessoas possuem uma visão bastante deturpada do que é ser pan. Inclusive esperando ansiosamente por uma história completamente sua pois ela merece.

A cereja do bolo é a parte da astrologia na história. Quem me conhece sabe que eu sou a louca dos signos e gostei bastante como a autora trabalhou essa questão da crença nos astros e sua regência em nossa vida. Por mais que Darcy seja cética nessa questão e uma pequena mancada no primeiro encontro, ela nunca ridicularizou ou diminuiu Elle em sua crença. E a astróloga respeita essa opinião de Darcy, apesar amar provocá-la com seu mapa astral.

Eu sei que falando não envolve muito a história de Orgulho e Preconceito propriamente dito, a não ser o nome das personagens (Elle é apelido para Elizabeth e Darcy), mas temos a família Bennett representada na família de Elle (pelo menos nas irmãs Jane e Lydia). Brendon lembra a personalidade do Bingley. Toda essa questão das primeiras impressões, que foi justamente o que ocorreu com Darcy e Elle...

Written in the Stars foi mais um romance fofo que finalizei querendo mais. Em 2021, teremos a história de Brendon em Hang the Moon. Nem preciso dizer que estou bastante ansiosa.

6 Comentários

  1. Gostei bastante desse livro e fiquei bem curiosa para ler. Também amo esses clichês de relacionamento falso, embora não o leia com frequência... rs
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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  2. Oi Lu, sua linda, tudo bem?
    Que pena que tem pouquinho da história de Orgulho e Preconceito que eu amo. Você sabe que estou vendo muito esse termo sáfico ser usado e não conhecia a diferença Acho muito importante como você pontuou ter representatividade cada vez mais nas histórias. Somos um universo plural. Somos parecidas nesse gosto por esse tipo de relacionamento nos livros. Acho lindo ver da convivência nascer o amor entre duas pessoas. Penso que se não fosse o namoro de mentira elas poderiam nem ter se conhecido. Adorei sua resenha!!!!
    beijinhos.
    cila.

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  3. Oi
    a história parece ser interessante e cheio de representatividade legal isso, parece ser uma história gostosinha de se ler, essa capa é linda.

    http://momentocrivelli.blogspot.com/

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  4. Oi, Lu! Tudo bom?
    PELO AMOR DE DEUS ROMANCE SÁFICO COM ALGUNS ELEMENTOS DE ORGULHO E PRECONCEITO (aceito o que vier) EU PRECISO DESSE LIVRO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Dói meu coração porque infelizmente zero aquisições pra 2021, mas vou deixar na wishlist porque vai que consigo algum dia.

    Beijos, Nizz.
    www.queriaestarlendo.com.br

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  5. Eu amo quando o livro não é fetichista. Vi o livro pela primeira vez no seu Instagram e já tinha tirado print da capa pra procurar depois kkk.

    Abraço

    Imersão Literária

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  6. Ei, Lu, tudo jóia? Que bom que o livro te agradou em tantos aspectos, e a capa do livro é muito bonita. Eu ainda quero ler orgulho e preconceito, mas esse livro parece ter sido uma boa inspiração, mesmo sem tantas semelhanças. Beijo!

    Books House

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