Resenha #913: Babel - R.F. Kuang (Harper Voyage)

Título: Babel
Título Original: ---
Autor: R.F. Kuang
Série: ---
Páginas: 560
Ano: 2022
Editora: Harper Voyage
Sinopse: Da premiada autora R. F. Kuang, vem Babel, uma resposta temática a The Secret History e uma réplica tonal a Jonathan Strange & Mr.
Traduttore, traditore: Um ato de tradução é sempre um ato de traição.
1828. Robin Swift, órfão de cólera em Canton, é levado a Londres pelo misterioso professor Lovell. Lá, ele treina durante anos em latim, grego antigo e chinês, tudo em preparação para o dia em que se matriculará no prestigioso Instituto Real de Tradução da Universidade de Oxford, também conhecido como Babel.
Babel é o centro mundial de tradução e, mais importante, de magia. O trabalho em prata - a arte de manifestar o significado perdido na tradução usando barras de prata encantadas - tornou os britânicos incomparáveis em poder, pois seu conhecimento serve à busca do Império pela colonização.
Para Robin, Oxford é uma utopia dedicada à busca do conhecimento. Mas o conhecimento obedece ao poder e, como um menino chinês criado na Grã-Bretanha, Robin percebe que servir a Babel significa trair sua pátria. À medida que seus estudos progridem, Robin se vê preso entre Babel e a sombria Hermes Society, uma organização dedicada a impedir a expansão imperial. Quando a Grã-Bretanha trava uma guerra injusta com a China por causa da prata e do ópio, Robin deve decidir...
As instituições poderosas podem ser mudadas por dentro ou a revolução sempre requer violência?

Babel, escrito pela autora R. F. Kuang, é uma metáfora poderosa que aborda questões de colonialismo e apropriação cultural por meio do tema da tradução. Neste livro, Kuang utiliza a história para explorar as complexidades desses temas de forma impactante.


O protagonista, Robin, é carismático, porém parece um tanto apático em certos momentos e isso fez com que a leitura se arrastasse um pouco. É difícil determinar se essa característica foi intencionalmente desenvolvida pela autora para refletir a ambiguidade do personagem ou se é uma questão de interpretação pessoal. Os personagens secundários - Ramy, Letty e Victorie - são mais interessantes e apresentam um excelente desenvolvimento ao longo da narrativa. Eles adicionam profundidade à história e trazem diferentes perspectivas, enriquecendo a trama.

Em relação ao ritmo do livro, alguns leitores podem achar cansativo. A história pode demorar um pouco para engrenar, o que pode exigir um pouco de paciência dos leitores. No entanto, aqueles que persistem na leitura são recompensados com uma trama envolvente. 

A ideia da magia apresentada em "Babel" é interessante e original. A autora oferece uma abordagem única para esse aspecto, adicionando uma camada intrigante à história e à construção do mundo.

Embora o final do livro possa não ter sido surpreendente para alguns leitores, é inegável que possui uma qualidade poética. R. F. Kuang demonstra habilidade em criar uma conclusão que transmite emoções e ressonância, mesmo que não seja repleto de reviravoltas.

Babel é um livro que convida à reflexão sobre temas relevantes, utilizando elementos de fantasia e metáforas inteligentes. Com personagens secundários bem desenvolvidos e uma ideia de magia interessante, embora com um ritmo cansativo em alguns momentos, ele oferece uma experiência literária que pode ser apreciada por aqueles que procuram uma abordagem original para questões sociais complexas.

4 Comentários

  1. Oi!
    Em Babel eu só foquei na questão dos subtextos sobre linguagens e imperialismo, já o Robin eu não estava nem aí.

    Beijão
    https://deiumjeito.blogspot.com/

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  2. Oi Lu, tudo bem?
    Achei super interessantes os temas abordados, e nunca li nada nessa pegada de Dark Academia. Dica anotada!
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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  3. Oi Luiza, tudo bem?
    Não leio muitos livros do gênero, mas ainda assim fiquei curiosa pela trama. Dica anotada!!

    *bye*
    Marla
    http://loucaporromances.blogspot.com/

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  4. Esse livro tem mesmo cara de ser cansativo mas ao mesmo tempo parece ser muito bom. Acho que talvez seja para um público específico...

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