Resenha #902: O Céu de Pedra - N.K. Jemisin (Morro Branco)

Título: O Céu de Pedra
Título Original: The Stone Sky
Autor: N.K. Jemisin
Série: The Broken Earth #3
Páginas: 512
Ano: 2019
Editora: Morro Branco
Sinopse: É assim que o mundo termina. Pela última vez. A Lua em breve retornará. Se isso irá trazer a destruição da humanidade ou algo ainda pior dependerá de duas mulheres. Essun herdou o poder de Alabaster Tenring. E com ele, tem a esperança de encontrar sua filha Nassun e estabelecer um mundo no qual toda criança orogene possa crescer em segurança. Para Nassun, o domínio de sua mãe sobre o Portão do Obelisco vem tarde demais. Ela foi testemunha da perversão do mundo e aceitou o que sua mãe não quer admitir: às vezes o que é corrupto já não pode ser purificado, apenas destruído. A marcante conclusão da trilogia best-seller do New York Times, ganhadora de três Hugo Awards em sequência.

Alerta de conteúdo/gatilho: abuso (incluindo infantil), sangue/gore, violência, infanticídio

O Céu de Pedra é o último livro da trilogia A Terra Partida. Realmente toda a história mereceu muito o Hugo Awards e eu fico triste ao ver uma fantasia tão original não ter tanto destaque.

A Lua retornará em breve e isso causará mais impacto na Quietude. Enquanto Essun ainda está procura da sua filha, ela também deseja um mundo melhor para os orogenes. Já Nassun, após perdas e sofrimentos, irá ser responsável por uma grande mudança.

O Céu de Pedra é um final muito satisfatório para essa trilogia. Todas as minhas perguntas tiveram respostas, teorizei coisas que aconteceram, e não ficou nenhuma ponta solta. A escrita da Jemisin, por mais que tenha muitos termos e definições originais, é bem direta e sem rodeios.

Quanto aos personagens, Essun é uma mulher guerreira, mas acima de tudo é mãe. Nassun é uma criança que foi exposta ao horrores da vida e isso a fez amadurecer mais cedo que o normal. Os secundários são carismáticos e cada um tem um papel de destaque e importância, principalmente para as duas mulheres. Já o narrador, achei INCRÍVEL quando você descobre quem de verdade está narrando e o motivo.

Eu não canso de dizer o quanto esse universo da Jemisin é criativo e original. Entre as metáforas, ela aborda assuntos bastante importantes, como racismo e genocídio. Inclusive o modo como ela desenvolve isso entre os orogenes é de explodir o cérebro de genialidade.

Essa trilogia é o tipo de história que precisa ser vivenciada a experiência da leitura. O final aqui é um pouco agridoce, mas super condizente com tudo que foi mostrado. Os direitos de adaptação foram comprados pela Sony, com o Michael B. Jordan na produção. Por só digo: leiam!

Resenhas anteriores
Livro 1 - A Quinta Estação (The Fifth Season)

Livro 2 - O Portão do Obelisco (The Obelisk Gate)