Resenha #776: A Diabólica - S.J. Kincaid (Rocco)

Título: A Diabólica
Título Original: The Diabolic
Autor: S.J. Kincaid
Série: The Diabolic #1
Páginas: 400
Ano: 2020
Editora: Rocco
Sinopse: Nemesis é uma Diabólica, uma jovem humanóide criada para proteger Sidonia, a filha de um Senador galáctico. As duas cresceram juntas, mas não como irmãs. Nemesis deve dar sua vida por Sidonia se necessário, o que ela faria com prazer. Quando o poderoso Imperador da galáxia, a figura política mais importante, descobre que o pai de Sidonia está participando da construção de uma rebelião, ele convoca Sidonia para a Corte Imperial. Agora, ela deve servir de refém e existe apenas uma maneira de Nemesis proteger a Sidonia: ela deve assumir o lugar da filha do Senador.

Um diabólico é implacável e tem apenas uma missão: matar para proteger a pessoa para a qual ele foi designado. Para Nemesis, essa pessoa é Sidonia, herdeira do Senado galáctico e uma excêntrica garota que sempre pareceu enxergar mais nela do que qualquer outra pessoa. Por isso Nemesis se prontifica rapidamente quando Sidonia é convocada a Corte Imperial sobre o pretexto de estabelecer relações políticas com o Imperador, um homem sedento de poder.

Para conseguir tal proeza, Nemesis precisará se passar pela garota e adentrar o ninho de cobras que a corte é, tentando sobreviver as investidas corruptas desse lugar. Seria ela, uma criatura tão fria, capaz de encontrar alguma humanidade em si para proteger a única pessoa que ama?

Era clara minhas expectativas quanto a Diabólica. Tratando-se de uma trilogia escrita pela S.J Kincaid (autora também da trilogia Insígnia, que é uma das minhas favoritas e saiu aqui no Brasil pela V&R Editoras) eu esperava bastante desses personagens e dessa história. E posso afirmar que recebi. Apesar do começo mais morno, a obra vai ganhando seu destaque conforme nos aprofundamos nesse universo e descobrimos sobre seus personagens.

Nemesis é a celebre protagonista que transita nas escalas de cinzas, tendo potencial por boa parte da narrativa para ser uma poderosa heroína, mas também uma excelente vilã. Destaco também Tyrus. Ele é um personagem bem grosseiros em seus atos, mas que acaba ganhando nossa afeição aos poucos. Seu jogo de gato e rato com Nemesis é um forte ponto da narrativa.

As sacadas que a autora faz ao questionar os conceitos de humanidade e de até onde nossos atos podem ser considerados “humanos” é genial. Isso sem perder o ritmo e apresentando um humor ácido delicioso que envolve e deixa você curioso pelos próximos passos de Nemesis dentro desse cenário.  

Todo o contexto dessa trama me recorda um pouco da segunda trilogia da franquia Star Wars, principalmente o cunho político, mais um ponto muito bem trabalhado por Kincaid. E o final é angustiante, com diversos plots e muitas expectativas para sua sequência.

Resenha por @umnerdleitor