Resenha #754: Skyhunter - Marie Lu (Rocco)

Título: Skyhunter - A Arma Secreta
Título Original: Skyhunter
Autor: Marie Lu
Série: Skyhunter #1
Páginas: 384
Ano: 2021
Editora: Rocco
Sinopse: Em um mundo destruído pela guerra, um time de jovens guerreiros ESTÁ DISPOSTO a sacrificar tudo para salvar aquilo que AMAM.
A Federação Karensa conseguiu conquistar todos os países, deixando Mara como a última nação livre do mundo. Refugiados escaparam para suas fronteiras tentando fugir de um destino pior do que a morte: serem transformados em uma arma de guerra mutante e monstruosa, conhecida como Fantasma – após a transformação, eles são enviados para atacar seus inimigos.
Os lendários Foices, guerreiros de elite de Mara, são treinados especialmente para destruí-los. Mas a derrota parece inevitável à medida que o número de Fantasmas cresce e a Federação avança.
Mesmo assim, uma Foice se recusa a perder a esperança.
Depois de ter sua voz e sua casa tiradas dela, Talin Kanami conhece de perto a brutalidade da Federação. A crueldade obrigou que ela e sua mãe buscassem asilo em um país que considera seu povo repugnante.
Ela só encontra conforto em um pequeno grupo de Foices que juraram suas vidas uns aos outros e estão determinados a impedir Karensa a todo custo.
Quando um prisioneiro misterioso é trazido da frente de batalha, Talin acredita que ele é mais do que aparenta ser. Será que é um espião da Federação?
Ou seria ele a arma que pode salvá-los?

Eletrizante do começo ao fim, Skyhunter é a nova empreitada escrita por Marie Lu e vai apresentar um universo com os dias contados. Uma terra partida que só possui uma pegada fagulha de esperança.

Talin não teve uma infância fácil. Imigrante em um país que não é o seu, vendo seu povo ser tratado como rato diariamente, ela enfrenta o preconceito para proteger esse lugar que considera como lar. Mara nunca foi a nação perfeita, mas ao menos permite a sobrevivência dos outros povos. Mas deter os avanços da Federação Karensa está cada vez mais difícil. Além de possuírem uma tecnologia extremamente mais avançada, o poderio militar é muito maior. Talin e os Foices são a última defesa de Mara e talvez a última esperança de um mundo livre. Teriam eles alguma chance de vencer?


Essa foi uma leitura que antes mesmo de começar eu já esperava amar. E não me decepcionei. Ela foi muito além das expectativas, inclusive. Skyhunter é o primeiro volume de uma duologia e já deixo avisado que termina com um baita gancho para sua continuação, deixando o leitor atordoado e extremamente desesperado por mais respostas. Aonde essa empreitada vai dar?

A escrita de Lu não só me pareceu mais segura, como também mais madura, dotadas de mais detalhes e descrições, coisas que não tinha visto ainda em seus livros anteriores. A construção de seus protagonistas e o destaque evidente dos personagens secundários também é um ponto positivo. É uma trama tensa, pesada, e talvez uma das mais sombrias que a autora já narrou, mas não menos envolvente. Em muito essa história me lembrou elementos de um anime que acompanho, Shingeki no Kyojin (ou Attack on Titan) e para quem gosta de premissas parecidas, talvez seja uma boa oportunidade conhecer essa ficção cientifica/distopia.

Preciso destacar a características que mais me agradou: Talin. Além de ser uma baita de uma personagem forte, com uma personalidade fácil de te ganhar, os nuances que envolvem seu passado e a representatividade que ela insere. Sendo uma mulher não branca e portadora de deficiência, já que ela não consegue se comunicar sem língua de sinais, são fatores decisivos para diferenciá-la de qualquer outra personagem de que Lu já tenha criado. A forma como a protagonista vai amadurecendo e o fato de não se ater a dramas pequenos e preocupa-se sempre com o todo, fazem dela uma pessoa espetacular. Jeram e Adena também merecem créditos, pois sem esses dois, o livro não seria o mesmo.

A história também deixar no ar as insinuações de um romance, mas ele é muito segundo plano. Entre nesse livro sabendo que você estará acompanhando uma história sobre guerra e ideologia. A estrutura social descrita por Marie Lu retrata os mais variados problemas existentes, desde racismo, misoginia, como também apagamento do indivíduo ou de uma cultura. E É BRILHANTE. Sua metáfora para a perda do eu é simplesmente genial.

Enfim, é comprovado que talvez eu seja um tanto suspeito para falar dos livros da autora, afinal ela está na minha lista de favoritas, mas ainda assim, ressalto o quanto Skyhunter é um trabalho muito mais adulto e maduro dela e creio que vá agradar principalmente os fãs mais antigos de distopias como Jogos Vorazes ou Maze Runner.

Resenha feita por @umnerdleitor

2 Comentários

  1. Oi, Sil! Tudo bom?
    Marie Lu nunca erra, né, é incrível. Eu vivo por essa mulher. Preciso MUITO ler esse, mas tô esperando uma promoção boa pois sou uma consumidora consciente neste ano de nosso senhor (juro!!!).

    Beijos, Nizz.
    www.queriaestarlendo.com.br

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  2. A MAIOR DAS MAIORES APENAS. Eu sabia que Marie Lu nao ia me decepcionar e eu estava coberto de razão. Nossa preciso muito da continuação T.T PRECISO MUITO! ROCCO CADE MAIS DA MINHA PRECIOSA TALIN. Ela é meu tudo

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