Não sou capaz de opinar #6: A Balada do Black Tom - Victor LaValle


Sabe quando você termina de ler um livro e fica aquela sensação de vazio e não ter entendido muita coisa? Essa fui eu ao terminar de ler A Balada do Black Tom e por isso não sou muito capaz de opinar.

A sensação que tive aqui foi a mesma quando li Território Lovecraft, até porque esse livro é uma espécie de releitura do conto O Horror em Red Rock, escrito por Lovecraft. Inclusive na edição da Morro Branco, ao final do livro, eles adicionaram essa história. Assim como em Território Lovecraft, Victor também utilizou de uma obra do autor, conhecidamente por ser racista e misógino, justamente para expor todo o racismo e preconceito com os negros nos anos 50.

Enfim... só sei que comecei a leitura um tanto empolgada, mas logo esse sentimento foi esvaindo. A história é dividida em duas partes; a primeira acompanhando Charles Thomas Tester e a segunda, o detetive Malone. A questão do realismo mágico e influência lovecraftiana já aparece desde a primeira parte, mas assim como no livro de Matt Ruff, achei as descrições um tanto confusas. Queria dizer que muda na segunda parte, mas não..

A questão é, depois de duas experiências inspiradas em Lovecraft e com terror cósmico, eu descobri que esse tipo de artifício não é pra mim. Ou pode ser apenas o modo como a história foi narrada. Aqui em Black Tom há muito mais narração que diálogos em si, assim como na história que o inspirou. Por ser poucas páginas, até que é uma leitura rápida e que, infelizmente, não foi muito legal pra mim.

Título: A Balada do Black Tom
Título Original: The Ballad of Black Tom
Autor: Victor LaValle
Série: ---
Páginas: 190
Ano: 2018
Editora: Morro Branco
Sinopse: As pessoas se mudam para Nova York em busca de magia e nada vai convencê-las que ela não está lá.
Charles Thomas Tester luta para colocar comida na mesa e manter um teto sobre a cabeça de seu pai, aceitando fazer trambiques e trabalhos obscuros do Harlem a Red Hook. Ele sabe bem o tipo de magia que um terno pode proporcionar, a invisibilidade que um estojo de guitarra lhe oferece e a maldição escrita em sua pele, atraindo os olhares atentos de ricas pessoas brancas e seus policiais. Mas quando faz a entrega de um livro oculto a uma feiticeira reclusa no coração do Queens, Tom abre uma porta para um domínio mais profundo de magia – despertando a atenção de seres que deveriam permanecer adormecidos.
Uma tempestade que pode engolir o mundo está se formando no Brooklyn. Será que Black Tom irá viver para vê-la se dissipar?

4 Comentários

  1. Amei o post. Não conhecia esse livro e fiquei com um pé atrás por você não ter curtido tanto.
    Mas a capa dele é bem interessante
    beijos
    http://www.dearlytay.com.br/

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  2. Oi Lu! Tem umas histórias que de fato não tem como opinar muito bem, isso acontece muito comigo não apenas com livros, mas em séries e filmes também. Eu não leria esse que você traz no post.
    Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  3. Oi, Lu! Tudo bom?
    Ai que pena que não funcionou pra ti. Eu sou fissurada na coisa do horror cósmico e ver uma história com isso mas sem a babaquice preconceituosa do Lovecraft foi um sopro de ar fresco.
    Mas entendo o feel de ler e não saber bem como se sentiu com uma história UHUHASUHASUHAS Faz parte.

    Beijos, Nizz.
    www.queriaestarlendo.com.br

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  4. Odeio quando isso acontece, é pior quando colocamos muita expectativa na leitura.

    Beijinhos
    Renata

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