Resenha #950: Raiders of the Lost Heart

Título: Raiders of the Lost Heart
Título Original: ---
Autor: Jo Segura
Série: ---
Páginas: 352
Ano: 2023
Editora: Berkley
Sinopse: Arqueólogos rivais devem unir-se numa expedição secreta asteca, ou isso poderá deixar as suas carreiras – e corações – em ruínas.
A arqueóloga Dra. Socorro “Corrie” Mejía tem um osso para escolher. Literalmente.
O objetivo de vida de Corrie é liderar uma expedição nas profundezas da selva mexicana em busca dos restos mortais há muito perdidos de seu ancestral, Chimalli, um antigo guerreiro do império asteca. Mas quando ela é convidada a participar de uma escavação com todas as despesas pagas para fazer exatamente isso, Corrie tem certeza de que é bom demais para ser verdade... e ela está certa.
Como especialista de renome mundial em Chimalli, por direito Corrie deveria estar liderando a expedição, e não compartilhando a glória com seu inimigo repugnantemente bonito. Mas o Dr. Ford Matthews tem encontrado novas maneiras de superá-la desde que estavam na pós-graduação. Ford certamente também não está entusiasmado - com sua vida em ruínas, a última coisa que ele precisa é de um lembrete de seu passado difícil.
Mas quando a escavação começa, fica claro que eles precisarão trabalhar juntos quando percebem que um ladrão está à espreita em seu acampamento, forçando a dupla a manter suas descobertas – e atração persistente – em segredo. Com os contrabandistas de artefactos sedentos de dinheiro, as autoridades mexicanas e as mentiras entre eles a aproximarem-se, só há uma maneira de tudo isto acabar: de forma explosiva.

Se você é fã de A Múmia e Indiana Jones e está em busca de um livro repleto de aventura, romance e muito humor, então você precisa conhecer Raiders of the Lost Heart. Com uma escrita leve, divertida, o livro lembra muito esse tipo de filme de aventura.

Uma das coisas mais divertidas aqui foi a dinâmica entre o casal protagonista. Eles possuem uma química intensa, onde o desejo de se matarem se mistura com o T que sentem um pelo outro. Essa dualidade cria momentos hilários ao longo da leitura. Literalmente pensamentos sobre pensar em beijar (e outras coisitas más) enquanto discutem. Se amei??

Corrie e Ford possuem um passado com alguns mal entendidos e isso faz com que o ranço to lovers seja real aqui. Achei que a autora soube desenvolver bem essa situação, até porque as razões que Corrie tinha de odiar Ford são bem plausíveis e eu não julgo a gata pelo rancor guardado. Até porque esse rancor é um temperinho a mais na atração entre os dois.

Outro ponto legal que a autora levantou foi o fato de Corrie não ser levada muito a sério pelo simples fato de ser bonita. Bem, pode até parecer supérfluo isso, mas sabemos que em campos de trabalho onde predomina a presença masculina, mulheres são sempre subestimadas. Gosto que Corrie não fica na coitadolândia e nem tenta ser uma pick me girl; sua inteligência é sua melhor qualidade e ela não tem cerimônia em mostrar.

A autora também demonstrou um cuidado especial na pesquisa para a ambientação da história. Através de descrições detalhadas e ricas em informações, porém não cansativas, você se sente nessa expedição arqueológica. Na nota, Jo deixa claro que tomou muitas liberdades para contar a história, mas também dá pra ver que ela se dedicou bastante na pesquisa e estudo para o pano de fundo.

Embora tenha sido divertida a leitura, senti que o conflito no final da história foi um pouco corrido. Após uma trama envolvente e bem construída, esperava que o desfecho recebesse mais atenção e desenvolvimento. Mas não é nada que vá atrapalhar a leitura e fica mais que claro a minha indicação desse livro. Inclusive a Paralela já anunciou a publicação dele esse ano.