Resenha #537: The Alchemists of Loom - Elise Kova (Keymaster Press)

Título: The Alchemists of Loom
Título Original: ---
Autor: Elise Kova
Série: Loom Saga #1
Páginas: 400
Ano: 2017
Editora: Keymaster Press
Sinopse*: A vingança dela. A visão dele.
Ari perdeu tudo o que amava quando a resistência das Cinco Guildas caiu para o Rei Dragão. Agora, ela usa seu presente incomparável para máquinas de trabalhar em conjunto com uma moral notoriamente inescrupulosa para contribuir para um próspero mercado subterrâneo de órgãos. Não há um lugar em Loom que seja seguro do engenheiro que virou ladrão, e seus talentos mágicos são vendidos pelo maior lance, desde que o trabalho desafie seus opressores de Dragão.
Cvareh faria qualquer coisa para ver sua irmã usurpar o Rei Dragão e se sentar no trono. A casa de sua família sofreu a vergonha de ser o degrau mais baixo da sociedade dos dragões por muito tempo. A Alchemist Guild, em Loom, pode ter a chave para colocar seus parentes no poder, se Cvareh puder alcançá-los antes dos assassinos do Rei Dragão.
Quando Ari tropeça em um Cvareh ferido, ela vê uma oportunidade de massacrar um inimigo e lucrar com seu cadáver. Mas o dragão vê uma oportunidade de navegar em Loom com a melhor pessoa para levá-lo aonde ele quer ir.
Ele oferece a ela a única coisa que Ari não pode recusar: um desejo de seu maior desejo, se ela o trouxer aos Alquimistas de Loom.


Elise Kova é uma autora que há muito eu queria começar a conferir seus trabalhos. Resolvi começar por The Loom Saga por ser uma série com somente três livros e não ser interligada com a sua mais famosa, Air Awakens, e seus spin-offs. Infelizmente, eu esperava que a experiência fosse melhor.

Um dos pontos positivos é o universo criado por Elise. Temos três povos diferentes (Dragons, Fenthri, Chimeras), vivendo em duas nações diferentes. Os Dragons moram em Nova, situada no céu depois das nuvens, e são divididos em três casas. Os Fenthri moram uma Loom dividida em cinco territórios, cada um pertecendo a uma guildas. Já as Chimeras, como o próprio nome diz, são quimeras; no caso, Fenthri com orgãos de Dragons.

Apesar de ser um universo bem embasado, não há muita explicação direta sobre os territórios e os povos. Como li numa resenha no Goodreads, você vai absorvendo esse tipo de informação de modo intuitivo, quando elas são citadas em conversas ou pensamentos, por exemplo. Pra mim, isso foi algo bastante negativo já que me vi só o meme da Nazaré tentando entender como são esses povos, indo de características físicas, papel na sociedade e organização política.

Outro ponto que dificultou bastante meu envolvimento na leitura foi o desenrolar na história. Parafraseando outra resenha do Goodreads (percebe-se que tive que ler várias para tentar entender algumas coisas), a história iniciada aqui parece mais a continuação de uma outra história iniciada em algum lugar. Apesar do livro começar na adrenalina, você sente que faltou algo para chegar naquele ponto. Fora as passagens de tempo que você acha que são apenas alguns dias, mas no fim do livro eu descobri que tudo aqui passou em MESES.


Bom, pelo menos os personagens são cativantes. Arianna é um poço de mistério sobre seu passado, mas é uma Fenthri bastante determinada e tem um grande senso de moral. Cvareh tem como maior característica a lealdade para com sua casa e, ao longo do livro, em relação a Ari e Florence, sua amiga-barra-estudante. Já Flor é uma jovem cheia de vida, energia e esperança, com uma personalidade bem doce e um gosto bem peculiar em explodir coisas.

A narração é alternada no ponto de vista dos três e em Leonna, braço direito do Rei dos Dragões e com a missão de capturar Cvareh. Inclusive, Leonna foi uma personagem que despertou muito minha atenção por sua obediência cega em relação ao rei e sua crueldade.

A escrita da Elise é bem direta, fazendo com que tenha um ritmo bem legal de leitura, porém em algumas cenas de ação eu fiquei bem confusa com o que estava sendo narrado. A essa altura do livro, eu já estava fazendo a egípcia e seguindo o baile, focando em saber onde aquilo tudo iria me levar. 

A história é central é interessante; afinal, temos três pessoas com pensamentos e ideologias diferentes mas com o objetivo de derrubar todo o modo opressivo que vivem. E depois que você se acostuma com as características e informações do mundo, você se vê envolvido na jornada dos três e torcendo para que eles consigam chegar no seu destino.

Um detalhe que vi algumas pessoas reclamando e estou concordando é um certo queerbating envolvendo Arianna e Florence. Ari tem um carinho bastante especial por Florence e um grande senso de proteção em relação à garota; Arianna acolheu Florence em um momento bem crucial da sua vida. Em algumas colocações, a autora insinua que a relação delas poderia ser algo a mais, o que fato, não existe de forma alguma. O sentimento entre as duas é extremamente platônico e, como Cvareh até comenta, Ari tomou Flor como sua protegida e sempre disposta a protegê-la.

Levando o fato que Arianna tem 22 anos e Florence, 16, e o cerne do relacionamento das duas ser algo mais como mãe e filha, essas insinuações não é algo que, NO MEU VER, não caiu bem na história. A essa altura do livro já sabemos que Arianna é (no mínimo) bissexual, e eu nem me importo que ela pega ou deixa de pegar, mas toda essa insinuação nas circunstâncias do relacionamento entre as duas... nada legal, moça... nada legal.

Sendo sincera, esse primeiro livro se resume todo nos três viajando para chegar na Guilda dos Alquemistas. E nesse meio tempo fugindo das pessoas que não querem que Cvareh chegue lá. Ao chegar nesse local temos algumas respostas, principalmente sobre o passado de Ari e seu envolvimento com os Alquemistas.

O final do livro termina com um bom gancho para sua continuação.No fim das contas irei continuar a série pois, mesmo com todos esses pontos negativos que levantei, fiquei curiosa como a autora vai conduzir a história daqui pra frente já que ela tem muito potencial.

*Sinopse traduzida por mim

3 Comentários

  1. Oi Lu! Eu achei bem interessante a premissa, mas a questão das insinuações realmente me incomodariam também!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  2. Oieee

    Acho que vou gostar mais da resenha que vc fez, muito bem escrita e detalhada, que do livro em si, porém foi bom conhecer uma autora nova. Nunca tinha ouvido falar dela.

    Bjuuus

    BLOG >>> Reticências...

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  3. Oi Lu!
    Estou afastada das fantasias, mas queria voltar. Esse ainda não tem no Brasil, então não vou conseguir conferir, e acho que não me parece tão certeira já que tem pontos que você não gostou.
    beijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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