Resenha #480: Scavenge The Stars - Tara Sim (Disney Hyperion)

Título: Scavenge the Stars
Título Original: ---
Autor: Tara Sim
Série: Scavenge the Stars #1
Páginas: 336
Ano: 2020
Editora: Disney Hyperion
Sinopse*: Quando Amaya resgata um estranho misterioso do afogamento, ela teme que suas ações precipitadas lhe valham uma sentença mais longa no navio devedor, onde ela é mantida em cativeiro há anos. Em vez disso, o homem que ela salvou oferece suas riquezas inimagináveis e uma nova identidade, colocando Amaya em um percurso perigoso pela cidade-estado costeira de Moray, onde opulência do mundo antigo e jogadores desesperados colidem.
Amaya quer uma coisa: vingança contra o homem que arruinou sua família e roubou a vida que ela teve. Mas quanto mais envolvida ela se torna nesse jogo de engano - e à medida que seu caminho se entrelaça com o filho do homem que ela planeja derrubar -, mais ela descobre a verdade de seu passado. E quanto mais ela percebe que não deve confiar em ninguém



Conheci a Tara Sim através da trilogia Timekeeper. Quando a vi anunciando uma nova história inspirada em O Conde de Monte Cristo, expectativas foram criadas. Infelizmente nem todas foram alcançadas.

Realmente a história é quase uma releitura de O Conde de Monte Cristo. A narração em terceira pessoa é alternada entre Amaya (uma jovem que quer vingança contra o homem responsável pela ruína de sua família) e Cayo (o filho do homem que destruiu a família de Amaya). Gostei dessa alternância pois, além de termos uma visão mais abrangente da ambientação, também sabemos os pensamentos e sentimentos dos personagens.

Um ponto positivo na história é a ambientação. Tara sempre teve uma boa mão na descrição, mas sem torná-la cansativa e muito extensa. A história se passa principalmente na cidade de Moray. Seja pelos olhos de Amaya ou Cayo, a autora faz você se sentir vivendo e caminhando no local. A sua escrita consistente e envolvente ajuda no ritmo de leitura.

Outro ponto positivo é a representatividade na história. Se tem algo que eu sei que a Tara sabe trabalhar bem é nos personagens do vale, como foi na trilogia Timekeeper, e aqui não foi diferente. Não que tenha sido algo de muito destaque, mas é importante sempre destacar, principalmente pelo modo natural como esses personagens são inseridos na sociedade. Também houve alguns personagens não-brancos, como Amaya.


Infelizmente, faltou um pouco mais de emoção e carisma da parte dos protagonistas. Como já dizia Jacquin, faltou um tompero nos dois. Amaya não conseguia me convencer como uma pessoa sedenta por sangue e vingança. Em muitos momentos, ela deixava se levar e iludir por uma imagem que tinha de sua família (quem nunca nas fantasias, ne nom?), o que acarretava em alguns feitos um tanto imaturos e irresponsáveis.

Da parte de Cayo, já rolou um pouco mais de empatia, visto que seu personagem é um viciado em recuperação com uma irmã à beira da morte. Ele vive em uma constante guerra interna na luta para não sucumbir novamente ao vício, fora a culpa que carrega por ser (em parte) responsável pela falência dos negócios do seu pai. Apesar de parecer ter levado uma vida bem mais privilegiada que Amaya, me afeiçoei muito mais a Cayo e seus dilemas que a vingança da “Condessa Yamaa”.

Em relação aos dois como casal, realmente faltou um pouco mais de desenvolvimento. Os dois mal trocam alguns momentos juntos, com alguns conversas realmente profundas e íntimas, mas não foi o suficiente para me convencer no romance. O mesmo acontece com o conflito final, tudo muito corrido entre os três últimos capítulos e ainda a péssima promessa de um possível triângulo.

Scavenge the Stars tinha uma boa premissa, mas a autora não soube trabalhar bem. Este é o primeiro de uma duologia, então espero que Tara saiba reparar os erros na continuação.

* Tradução feita por mim

5 Comentários

  1. Oi, tudo bem? Amo livros que tenham representatividade sem ser apenas em livros sobre superação. Quando a diversidade é tratada com naturalidade em livros é pura felicidade. Já basta um monte que são as mesmas personalidades e acontecimentos.

    Apesar dos contras parece ser uma boa história para ler no final de semana oh durante a corrida do ônibus para ir trabalhar.

    Obrigada pela resenha!

    Bom final de semana e abraços.

    R.W.

    newsfallenbooks.com

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  2. Oi Lu, eu não conheço a autora, mas amo O conde de monte Cristo, gostei dos aspectos positivos principalmente pela representatividade! Uma pena pelas ressalvas rs

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  3. Oi Lu! Que pena a história não ter sido bem desenvolvida, tomara que no segundo volume a autora consiga se sair melhor. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  4. Oi, Lu! Tudo bom?
    É um saco quando a gente vê potencial na história, mas falta emoção na hora de construir personagens. Eu perco completamente a animação se não tem aquele !!!!!!!! com meus filhos :S
    Mas ainda tenho curiosidade, então vou dar uma chance pra leitura sim.

    Beijos,
    Denise Flaibam.
    www.queriaestarlendo.com.br

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  5. Oi Lu!
    Nossa falta de carisma em personagem é um cu. Nem vou discordar porque real oficial a vontade de continuar. Uma pena, a capa parecia tão legal e a sinopse não é ruim :(

    Abraços
    Emerson
    http://territoriogeeknerd.blogspot.com/

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