Resenha #4: Celular - Stephen King (Suma de Letras)

Título: Celular

Título Original: Cell

Autor: Stephen King

Páginas: 424

Editora: Suma de Letras

Ano: 2014

Sinopse: Onde você estava no dia 1º de outubro? O protagonista Clay Riddell estava em Boston, quando o inferno surgiu diante de seus olhos. Bastou um toque de celular para que tudo se transformasse em carnificina.Depois de anos de tentativas frustradas, o artista gráfico Clay Riddell finalmente consegue vender um de seus livros de histórias em quadrinhos. Para comemorar, decide tomar um sorvete. Mas, antes de poder saboreá-lo, as pessoas ao seu redor, que por acaso falavam ao celular naquele momento, enlouquecem.

Fora de si, começam a atacar e matar quem passa pela frente. Carros e caminhões colidem e avançam pelas calçadas em alta velocidade, destruindo tudo. Aviões batem nos prédios. Ouvem-se tiros e explosões vindos de todas as partes.

Neste cenário de horror, Clay usa seu pesado portfolio para defender um homem prestes a ser abatido, Tom McCourt, e eles se tornam amigos. Juntos, eles resgatam Alice Maxwell, uma menina de 15 anos que sobreviveu a um ataque da própria mãe.

Os três sortudos — entre outros poucos que estavam sem celular naquele dia — tentam se proteger ao mesmo tempo em que buscam desesperadamente o filho de Clay. Assim, em ritmo alucinante, se desenrola esta história. O desafio é sobreviver num mundo virado às avessas. Será possível?

Com a temática de Halloween desse mês, todas as resenhas serão de livros do Stephen "The" King. Acho que ele é uma das maiores referências de terror na literatura.

Pra começar, esse livro não tem nada a ver com o filme Celular, só pra deixar claro. Bom, Stephen King é Stephen King. O cara é fera, sem comentários. Sou suspeita para falar porque, como foi visto, sou SUPER FÃ dele. Todos os seus livros são ÓTIMOS! Pelo menos, todos os que eu li...

Celular é um livro para aqueles que são fãs de suspense com um toque de humor negro. Ou seja, fãs do King. Com direito a zumbis do tipo Madrugada dos mortos e teorias de cérebros "formatados", Celular te prende do começo ao fim.

Os zumbis citados acima são os fonáticos: pessoas que estavam ao celular às 15h03 ficaram malucos porque ouviram algum tipo de sinal ou pulso. Dei o exemplo do Madrugada dos Mortos porque eles se parecem: matam tudo e todos que vêem pela frente. Porém, depois de algumas páginas eles passa do nível de zumbis canibais para andróides catadores de eletroeletrônicos. Nessa fase andróide, eles param de querer mata tudo mundo (e eles mesmos) e começam a manusear ferramentas, ouvir música (até zumbis não resistem à música) e conversar por telepatia (coisa que achei legal pra um bando de zumbis surtados...). Eles ficaram tão evoluídos que podem entrar nos sonhos dos "normais". Loucura não?

No meio dessa loucura total, está um pai desesperado para achar o seu filho. Clay foge e, nesse meio tempo, salva duas pessoas - Tom e Alice - e conta com a ajuda deles para achar o seu filho. Mas, havia uma pedra no meio do caminho e no meio do caminho havia uma pedra. No caso, um monte de fonáticos doidos. No decorrer do livro, você se questiona: eles vão conseguir ou morrer? A verdade é: você nunca sabe o que vai acontecer até chegar à outra página. Experiência própria.

O livro conta com algumas cenas muuuuito bizarras, até para o King. Como a cena em que um monte de fonáticos estão deitados em morro, cantando. Detalhe: todos cantam a mesma música. E, como não bastava essa cena, ainda há o cara de Harvard que parece ser os resquícios de consciências dos fonáticos (ou será uma invenção deles?)

O livro só não foi escândalo porque o final deixa muito a desejar e, também, te deixa na dúvida. Fora algumas coisas que não são explicadas no livro... Porém, já percebi que isso é uma característica do King; deixar a gente matutando sobre o final.

No ano passado, começaram as filmagens da adaptação, que será estrelada por John Cusack. Até onde eu vi, estava prevista pra estrear esse ano mas, não sei rola não. Melhor aposta: ano que vem, infelizmente.

Anyway... fora o final e otras cositas más, o livro é muito bom. EU RECOMENDO!