Série #81: Heartstopper

Sinopse: Baseada nos quadrinhos publicados na internet e que, posteriormente, se tornaram uma série de livros pela autora Alice Oseman, Heartstopper nos apresenta o romance vivido pelos jovens Charlie Spring e Nick Nelson. Charlie (Joe Locke) é um aluno muito dedicado, mas que tem sofrido bullying na escola de forma constante desde que se assumiu gay, o que resultou em uma personalidade bastante acanhada e insegura nos últimos tempos. Já Nick (Kit Connor), é super popular e querido por ser um excelente jogador de rugby. Quando os dois começam a sentar próximos todas as manhãs, eles desenvolvem uma amizade intensa e imprevisível, se aproximando mais a cada dia. Charlie logo percebe o que está sentindo por Nick, apesar de entender que se apaixonar por um amigo, ainda mais hétero, pode acabar sendo uma grande furada. No entanto, Nick também está em dúvida sobre como se sente a respeito de Charlie. Quem sabe talvez os dois garotos estejam prestes a descobrir que o amor pode funcionar de maneiras incríveis e surpreendentes.
Criação: Alice Oseman
Produção: Zorana Piggott
Elenco: Kit Connor, Joe Locke, William Gao, Yasmin Finney, Tobie Donovan, Corinna Brown, Kizzy Edgell, Olivia Colman, Jenny Walser, Sebastian Croft, entre outros

Na última sexta estreou a adaptação de Heartstopper, HQ de sucesso da autora Alice Oseman. E eu digo com tranquilidade que é a melhor adaptação do ano.

Primeiro vamos aos pontos negativos: NENHUM! Sério... eu não tenho o que reclamar da série. Por ter uma produtora britânica e o acompanhamento da Alice em tudo, eu creio que esse foi o combo pra adaptação sair desse jeito e fazer seus fãs as pessoas mais felizes dessa terra. (Depois do gosto amargo da temporada de Bridgerton, a gente precisava dessa vitória). 

A produção foi tão cuidadosa que é possível perceber mínimos detalhes das HQs em tela. Eu juro que alguns frames pareciam que tinham tirado o quadrinho do papel e jogado na tela. Inclusive abro um espaço aqui para comentar que esse foi um detalhe que já percebi em adaptações. Geralmente produções não-estadunidenses possuem um pouco mais de cuidado na hora de adaptar histórias. Certo que nem sempre vai ser tudo ao pé da letra e mudanças são bem vindas, mas qualquer produção que não seja estadunidense possui até uma atmosfera diferente...

Sobre o elenco, eu também não tenho nada a reclamar. Todos tão parecidos que parece que os personagens do quadrinho ganharam vida. Destaque para Kit Connor que é o próprio Nick Nelson, já que até o sorrisinho do personagem é o mesmo. O elenco é bem diverso, além de bastante carismático e com uma ótima química. A maioria está em seu primeiro trabalho na série, mas nem por isso deixam a desejar. Resumindo: as escolhas perfeitas. 

O roteiro segue basicamente a história dos volumes 1 e 2, com algumas mudanças é claro mas que vieram para o bem. Gostei de como abordaram o Nick descobrindo sua sexualidade, de todas suas incertezas e inseguranças. Adorei Charlie o apoiando e não cobrando nada. De fato, um ponto bem legal na história em si é o fato dele acertar a bissexualidade de Nick sem qualquer dúvida, já que a comunidade bi ainda sofre muito preconceito dentro da comunidade queer. Outro ponto legal foi o espaço que deram para Tara (Corinna Brown) e Darcy (Kizzy Edgel), que na HQ fazem pequenas participações, mas suficientes para que nos apeguemos a ela. 

Eu poderia ficar falando horas e horas sobre o quão perfeita ficou essa série. Eu finalizei querendo rever todos os episódios novamente, o que não é uma tarefa difícil já que são apenas oito com meia hora de duração cada um. Agora só me resta aguardar e torcer pelo anúncio da segunda temporada.