Título: A Estrela da Meia-Noite
Título Original: The Midnight Star
Autor: Marie Lu
Série: The Young Elites #3
Páginas: 256
Ano: 2017
Editora: Rocco Jovens Leitores
Sinopse: Adelina Amouteru sobreviveu à febre do sangue, fez uso de seus dons, formou seu próprio exército, vingou-se de seus traidores e conquistou a vitória. Mas seu reinado triunfante está ameaçado, e o inimigo não vem de fora; a sede de vingança da jovem levou seu lado cruel e sombrio a sair do controle, e ela terá que curar antigas feridas se quiser manter tudo o que conquistou.
No desfecho da eletrizante trilogia Jovens de Elite, Marie Lu coloca sua protagonista diante de uma nova ameaça que a levará a revisitar fatos dolorosos do seu passado e a fazer uma aliança arriscada e difícil. Será que Adelina está preparada para se transformar na estrela da meia-noite e, finalmente, conhecer a paz?
ATENÇÃO! Se você não leu os livros e/ou resenhas anteriores, pode conter spoiler
A Estrela da Meia-Noite é a conclusão da trilogia Jovens de Elite. Apesar de ter me decepcionado um pouco com o rumo da história, a trilogia não foi uma experiência ruim, como pode ver pela nota.O meu principal problema com a história foi Adelina. Eu não conseguia vê-la como essa anti-heroína/vilã que todo mundo falava ser a pica das galáxias loucona badass. Como falei na resenha de Sociedade da Rosa, achei as ambições dela um tanto superficiais e coisas de momento.
Aqui em A Estrela da Meia-Noite eu sabia o tipo de governante que Adelina iria se tornar: aquela que só protege os seus similares. Eu já sabia que ela iria usar a coroa como forma de vingança contra todos aqueles que fazem mal aos marcados, mas esse tipo de atitude - de só privilegiar um lado da sociedade - me lembrou as atitudes da Daenerys (Game Of Thrones). Claramente ela teria que esperar que alguns súditos iriam fazer ataques contra sua vida. Ela se diz generosa, mas todo mundo sabe que quando se governa através do medo, a tendência é a sociedade um dia não aguentar.
O que realmente me revoltou na história foi o final da Adelina. Como falei, desde o primeiro livro sabemos que aqui é a saga do nascimento de uma vilã. Adelina começa o livro como eu imaginei que seria: uma rainha tirana, que quer conquistar tudo e todos através de seu medo. E assim ela permanece; até se propõe em ajudar seus antigos amigos e se aliar a inimigos para poder continuar com e no poder. Porém, nos capítulos finais, acontece uma espécie de redenção e Adelina acaba a história como uma espécie de mártir. Foi bonito o motivo que a fez mudar? Foi, mas achei que foi um pouco contra a maré do que a autora veio mostrando desde o primeiro livro: Adelina não é uma pessoa completamente má, mas ela deixa o ódio e vingança cegá-la e motivá-la; o poder dela é maior do que qualquer outra coisa nesse mundo.
Achei interessante sim ligar essa questão dos poderes adquiridos pela febre do sangue aos deuses e tals, já que os Jovens de Elite têm alinhamentos com sentimentos e esses sentimentos são conectados a alguns deuses. Por mim, a Marie poderia ter explorado melhor essa ligação desde o primeiro livro. Apesar das minhas reclamações da pouca exploração nesse assunto, a explicação é breve mas compreensível.
Desabafo tirado do peito, apesar da história ter sido diferente do que pensei, a trilogia não foi uma experiência ruim. Apesar dos personagens secundários não terem sido tão explorados, eu os achei bem distintos e construídos, com destaque Magiano e Teren. A única que eu achei um tanto largada foi Maeve, principalmente no seu relacionamento com Lucent. Pra quem torce pelas duas, elas tem sim um final feliz. Entretanto, queria que a Marie tivesse explorado um pouco mais a relação dos dois com Adelina, principalmente o envolvimento dela com Magiano.
Em vários momentos, Adelina dizia que a luz que vinha de Magiano acalmava os sussurros em sua mente. Queria que a autora tivesse explorado mais esse lado porque eu fiquei na dúvida se ela realmente tinha sentimentos por ele ou se, inconscientemente, ela estava com ele por medo de ficar sozinha e solitária.
Desde o primeiro livro, eu achei que Teren tinha um grande potencial a ser explorado. Odiando e caçando pessoas que são iguais a ele, isso é um grande fundo a ser desenvolvido. De todos os Jovens de Elite, eu achava ele o mais parecido com Adelina, já que toda sua motivação vinham dos sentimentos de ódio e rancor.
Confesso que fiquei assustada com o tamanho do livro, comparado com os outros dois. Achei que ia ficar tudo um tanto corrido, mas Marie Lu sendo Marie Lu conseguiu fechar a história, sem deixar pontas soltas. E claramente com sua escrita fácil e fluída, devorei o livro como se não houvesse amanhã. O ritmo da história é constante e em nenhum momento é entendioso. Vemos como os poderes estão afetando Adelina tão intensamente que, em certos momentos, ela tem dificuldade de distinguir o que é real. Essas cenas são bem descritas e você sente a angústia da personagem.
A Estrela da Meia-Noite foi uma ótima conclusão para a trilogia. Apesar de algumas decepções e não ter conseguido de forma alguma sentir algum apreço por sua protagonista, Marie Lu conseguiu a proeza de me fazer gostar e ficar envolvida na história.
Resenhas anteriores
Livro 1 - Jovens de Elite (The Young Elites)
Livro 2 - Sociedade da Rosa (The Rose Society)
Livro 1 - Jovens de Elite (The Young Elites)
Livro 2 - Sociedade da Rosa (The Rose Society)
9 Comentários
OI, Lu
ResponderExcluirAcho que fica mesmo indo de contra você criar uma trilogia mostrando as motivações de um personagem vilão se mostrando como chegou aquilo ali, pra chegar no 45 do segundo tempo, fazê-la mudar de lado. Eu não iria ler a trilogia apesar das ressalvas, acho que me irritaria muito com a Adelina e acabaria desistindo da leitura.
Beijos
http://suddenlythings.com
Oi Lu, tudo bem?
ResponderExcluirQue bom que, apesar dos pesares, valeu a pena.
Eu não tenho muito interesse nessa trilogia, mas amei a escrita da autora em Warcross.
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Oi Luiza, tudo bem?
ResponderExcluirQue bom que gostou da conclusão, normalmente quando não sinto carinho pelos personagens a história costuma ser bem chata. Tenho muita curiosidade pela leitura da série, espero ter oportunidade de ler um dia e entender melhor!
Ótima resenha!
Obrigada pelo carinho. Volte sempre!
Um super beijo :*
Claris - Plasticodelic
bacana conhecer esse ultimo livro da triologia e achei mais interessante ainda ter uma personagem que lembra a Danyeris
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
www.facebook.com/blogtofucolorido
Ooi, Lu!
ResponderExcluirEssa série eu ainda não li, fiquei só no Legend, por enquanto, que eu gostei para caramba.
Li a sua resenha por cima, para não tomar spoiler. :P
Bom que menos o livro sendo menorzinho a Marie Lu continua sendo a Marie Lu.
Ô, mulher maravilhosa!
Beijoooos
www.casosacasoselivros.com
Oi, Lu!
ResponderExcluirQuando vi o aviso de spoiler, já passei reto.
Como fã da Marie Lu, quero ler a trilogia também! Por isso, não quis correr o risco de descobrir alguma coisa hahaha
Beijinhos,
Galáxia dos Desejos
Olá Luiza, tudo bem?
ResponderExcluirEssa é uma autora que eu tenho muita vontade de ler, a cada resenha que leio fico ainda mais curioso, essa trilogia está na minha lista de desejados, ótima resenha....bjs.
http://devoradordeletras.blogspot.com/
Oi Lu,
ResponderExcluirEu ainda não li essa trilogia, mas você falando que foi um final bom, me empolga a voltar a ler a autora, porque meu último contato com ela foi a série Legend que eu amei muito, mas não vi nenhuma obra mais 'impactante' dela sendo lançada.
Beijos
https://estante-da-ale.blogspot.com
Oi Lu, eu confesso que apesar do que vc conta da Adelina o que me move ter curiosidade com essa série é ela. falam tanto que uma hora eu vou conferir. E que bom que vc curtiu!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
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